O conceito de sustentabilidade está relacionado com a integração de três aspectos distintos: ambiental, econômico e social. Quando o termo é aplicado na construção civil, ele deve estar presente desde o início, ainda na elaboração do projeto, e acompanhar todo o funcionamento do empreendimento. Assim, não só os arquitetos, projetistas e engenheiros devem estar familiarizados com o tema e cientes da sua necessidade e aplicabilidade, mas também os consumidores, na medida em que fazem um investimento inicial maior, porém com um baixo custo de funcionamento e um retorno ambiental garantido a longo prazo.
A construção sustentável não é apenas sinônimo de tecnologia de ponta e de alto custo, como o conceito ZEB (Zero Energy Building), no qual o prédio gera a energia que consome. Mas, também, de atendimento a pequenos detalhes que fazem a diferença ao diminuírem o desperdício e, ainda, potencializarem o desempenho dos recursos empregados. O reaproveitamento da água doméstica e a utilização das águas pluviais para a irrigação do paisagismo e para o abastecimento das bacias sanitárias são exemplos de soluções sustentáveis.
As práticas sustentáveis devem ser priorizadas em cinco pontos: projeto e desempenho, insumos, resíduos, desenvolvimento urbano e relacionamento.
No quesito projeto e desempenho, deve ser considerado o uso racional dos recursos naturais na concepção dos empreendimentos. Dessa forma, é possível construir de modo a utilizar a iluminação e a ventilação natural, bem como usar fontes de energia renováveis, garantindo eficiência energética. Quanto aos insumos, deve-se priorizar a madeira de reflorestamento e a utilização de produtos (areia e brita) de empresas licenciadas. No tópico resíduo, é mencionada a Resolução CONAMA 307/02, a qual estabelece critérios para essa gestão na construção civil. Assim, os resíduos de demolições e das fases da obra devem ser encaminhados para beneficiadores licenciados. Por fim, os quesitos desenvolvimento urbano e relacionamento dizem respeito ao parcelamento do solo, minimizando-se a supressão de vegetação nativa, e à adoção de uma postura pró-ativa na conscientização ambiental e divulgação do protocolo.
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