Existem várias técnicas e opções para a construção da câmara de compostagem, o que vai depender do local e da mão de obra disponível. Existem opções pré-fabricadas em fibra de vidro, alternativas de moldar o mesmo in loco com concreto e tela de galinheiro, e até mesmo com reaproveitamento de tonéis metálicos ou plásticos.

Os sanitários secos exigem algumas características básicas que devem ser observadas no processo de construção e uso. O receptáculo de dejetos deve ser estanque, de modo a evitar a contaminação do solo e, por consequência, os lençóis freáticos. Também deve possuir um tubo de ventilação, normalmente pintado de preto e na altura dos ventos, que faz a sucção do ar aquecido e, assim, a eliminação de qualquer mau cheiro. A cada utilização do sanitário seco, é importante recobrir os excrementos com folhas secas ou serragem, ajudando na formação da massa a ser compostada, absorção dos líquidos, e as tampas devem ser sempre vedadas, evitando a entrada de insetos. O processo de compostagem pode durar de seis meses a um ano, quando enfim é retirado o adubo orgânico em forma de terra preta, que pode ser levado a um minhocário para transformação final em húmus, ou até mesmo ser lançado em pomares, jardins, etc.
O mais importante deste sistema, além de fechar um ciclo de consumo e destinação totalmente sustentável aos dejetos humanos, problema grave para nosso meio ambiente, é a economia e o uso racional da água, que se torna um diferencial considerável neste processo. Caso uma família de quatro pessoas, adote um sistema de saneamento baseado na compostagem, haveria, pelo menos, a economia anual de 65.700 litros de água tratada e potável que seriam perdidas esgoto abaixo.
Vantagens:

1 - Não utiliza água para descarga.
2 - Não produz efluente.
3 - Não transfere para os solos e rios os patógenos associados às fezes humanas.
4 - Não tem mal cheiro.
5 - O material compostado vira um adubo orgânico para agroflorestas ou alimentos para que as minhocas produzam seu poderoso húmus.
Você usaria um banheiro assim?